terça-feira, setembro 19, 2006

The Show Must Go On

Porque o show must sempre go on e porque a vida segue lá fora, soma-se mais uma derrota e siga o campeonato.
Elas não moem, mas matam...
Enfim....

Beijos & Abraços

Em síntese


"Penso. Logo, existo."
LOOOOOOOOOOOOOOOOOL!
Piadinha de pila....
:)
B&A!

sábado, setembro 16, 2006

Et tu, Brutus??

Como foste capaz? Como te atreves, sequer? Não existe um pingo de decência nessa tua miserável existência?
Cravaste-me uma estaca pelas costas, directo ao coração. Dum só golpe arruinaste toda a imagem da minha infância. Todas as recordações que tenho passadas na vossa casa estão neste momento congeladas. Os parcos valores familiares que me restavam, e que tanto me esforcei por conservar, jazem neste momento por terra, pisados e sujos. Toda a minha vida me enganaste, afinal. Mas agora que todos os obstáculos desapareceram, finalmente revelas-te. Tantas vezes te defendi e me revoltei quando ouvia as palavras que outros falavam, para mais tarde sentir a desilusão da realidade que elas expunham. A maldade que existe em ti é duma dimensão assustadora. Gostas de ver as pessoas sofrer e adoras tornar as suas vidas num inferno, do teu próprio filho aliás. Inclusivamente, posso dizer que nunca suportei a forma como tratavas o meu Herói. Como podes trair o espírito de alguém que te sustentou a vida inteira? Mais, que te aturou a vida inteira? Mas que raio viu ele em ti, para começar? E agora conspurcas miseravelmente a sua memória, toda uma vida de dedicação familiar e arrasas tudo aquilo que com o seu suor e amor construiu. Que sabes tu sobre o esforço de construir, ou reconstruir, uma vida? Arrotas de barriga confortavelmente cheia sem nunca teres trabalhado um dia da tua vida. Cantas vitória sobre batalhas que nunca combateste. Ingrata. Nunca deste qualquer valor às pessoas que te rodeiam nem à sua dedicação. Remoes na autocomiseração de assistires a uma dedicação e devoção desmedidas que nunca te foram dirigidas. Também nunca fizeste por merecê-las, antes pelo contrário. Toda a vida saltei ao toque de um telefone, fosse para mudar uma lâmpada ou porque tinhas perdido o Super-Homem no meio de Lisboa. Nessas alturas nunca quiseste saber se estava a dormir ou o que quer que estivesse a fazer. Fiz todos os sacrifícios que tive de fazer sem pensar duas vezes, inclusivamente largar um emprego que adorava para poder ter mais disponibilidade para vos assistir. Hipócrita. Não mereces a vida que tens. Que não é tua, sequer. Vives uma vida emprestada.
Encontro-me neste momento a travar a batalha de justificar o meu passado. Tendo crescido e sendo criado em grande parte por ti, que diz isso de mim agora? Como raio posso eu continuar a acreditar nas bases da minha personalidade vendo agora o exemplo da boa merda de valores por que te pautas? Imponho-me a total revisão da minha vida e demolir quaisquer alicerces da minha personalidade que tivesse construído sobre ti. Mas terei que viver para sempre com as recordações gravadas na minha memória, que infelizmente nada posso fazer para censurá-las. Graças a ti vou ter que reconstruir a minha vida inteira. Custa-me particularmente teres posto em causa valores que me eram por demais queridos como a tolerância. Sempre defendi a tolerância na base das relações humanas, e agora questiono-me sobre a validade desta filosofia. Cheguei à triste conclusão que a tolerância é de facto extraordinariamente perigosa. Toda a vida a vi practicada contigo por toda a família e amigos, e veja-se agora o resultado. Já há muito que alguém te devia ter posto no teu lugar. Quantas e quantas vezes ouvi confissões sobre o desespero de te aturar e sobre a intenção recorrente de te mandar pastar. Mas uma firmeza estóica sempre impediu o quebrar dos votos jurados. Vê-se bem a diferença, não é?
Nunca acreditei em entidades divinas, mas sempre fui apologista do conceito de vida para além da morte. Agora é o meu maior desejo que tal seja falso. A idéia de ter que gramar contigo pela eternidade é pura e simplesmente desesperante.
Há muito perdeste o meu respeito. Agora perdeste tudo o resto. Abdicaste do estatuto familiar de outrora. Passaste a ser apenas a viúva do Super-Homem.
Vamos sim fazer as coisas como tu queres.
Mas não mais voltarei a querer olhar para ti.
E fica sabendo que não acredito numa palavra do que dizes.

sexta-feira, setembro 15, 2006

Tripas à moda do Algarve?!?!

Atestado de verdadeiro espírito de vacanças, meti as malas na bagageira do carro, atravessei a Ponte 25 de Abril, cruzei o Alentejo e cheguei... ao Porto.
Não faço ideia, é a resposta ao fiel (uns mais que outros) leitor.
Chegado à habitual residência estival, o que encontrei foi algo de verdadeiramente funesto: as terras de Afonso III haviam sido conquistadas por essa estirpe nortenha designada por tripeiros.
O espectáculo era colossal. Pandilhas infindáveis de morcões entrincheirados ocupavam todo o campo visual e auditivo daqueles a quem, como eu, lhes ocorreu que ir de férias até era boa ideia.
Não me interpretem mal, não tenho nada contra os tripeiros (aquele abraço Tura!) mas também não tenho muito a favor. Numa última análise, constato a dolorosa evidência de, como em todos os povos, haver gajos porreiros e haver todos os outros - também lá por cima há tripeiros e tripeiros. A linhagem a que me refiro pode ser caracterizada como «da Sé», ou para os leitores lisboetas, o equivalente à Mouraria. Não seriam certamente más pessoas, evidentemente, mas o nível decibélico patente nas suas comunicações consumia qualquer interesse que alguma vez pudesse germinar no meu espírito em comprová-lo. Primeiro - eram muitos, segundo - eram demasiado ruidosos, terceiro - os seus hábitos de higiene pessoal deixavam bastante a desejar, quarto - o vernáculo practicado era de meter medo ao susto. Também o mais novo destes exemplares, o pequeno Gonçalo, assim considerou, numa evidência patente nas suas incontáveis tentativas de fuga, que imediatamente eram denunciadas por uma massiva sirene humana. O que afinal não é de estranhar, ao fim ao cabo também Afonso Henriques preferiu vir conquistar Lisboa aos Mouros a ver se também conseguia ter algum sossego! Na mesma linha, também nunca nos livros de História constou a intenção muçulmana de conquistar as terras da foz do Douro. Pois que alguma coisa já esta boa gente devia saber!

Bâijos & Abraços!
X.

segunda-feira, setembro 11, 2006

De perfil

Comemoramos hoje o 5º aniversário sobre a celebração do expoente máximo da estupidez humana.
Nada, nada pode justificar ou desculpar a tremenda atrocidade cometida neste dia.
Que não se subentenda a minha concordância com as políticas internacionais mantidas tanto por ocidente como por oriente. O facto é que a cada dia que passa a humanidade parece esforçada em decepcionar-me mais. Como justificar tamanha falta de coerência, de tolerância? Como é possível povos que outrora foram os mais evoluídos no mundo, que inventaram a escrita, a matemática, a navegação, a própria civilização, se comportem como perfeitos atrasados mentais escudando-se atrás de um deus que os abençoa nas suas intenções de morte e violência? Como podem as nações auto-intituladas de evoluídas comportar-se de forma tão indiferente e petulante? Dois mil anos de história desde Cristo não nos ensinaram nada??
Tudo em nome de Deus e do Petróleo.
Vou fazendo um esforço na tentativa de inverter esta infeliz tendência. Quanto mais não seja, a começar dentro da minha própria casa.
O facto é que desde esse dia não mais voltei a reconhecer a silhueta de Nova Iorque.