terça-feira, junho 05, 2007

O peso de Ontem

Como uma bola de ferro agrilhoada ao calcanhar o Ontem trava-me os passos.
Não é sempre assim, mas não sei se pela fase da lua ou pelo alinhamento planetário, de vez em quando essa bola pesa o mundo.
Todos trazemos o passado no bolso.
Fantasmas de pessoas e momentos que em determinada altura marcaram as nossas vidas. Estranha tendência de nos deixarmos marcar mais pelos maus do que pelos bons.
O facto é que de vez em quando lá se lembram de fazer uma visita ao subconsciente...
É como um barrete enfiado até aos olhos. Não tolda por completo a visão, mas obstrui. Permite distinguir o que está imediatamente à frente, mas limita o horizonte. Faz parecer que o mundo voltou a ser plano e quadrado e que além dessa linha distante existe apenas nada.
Por sua vez, o racional entra em overdrive. Todo e qualquer pensamento deve ser escrutinado à exaustão, como um Aristóteles com speeds. Leia-se em relação à mais estúpida das ideias que nos ocorram, enquanto os pensamentos profícuos de utilidade ficam para 2º plano.
Um Eureka a título pessoal: descobri hoje que 2+2 são 4. Se fosse obrigatório ir a exame para entrar nos 30 tinha chumbado... nem dava para ir a oral...
Desde o mês passado que ando convencido que 2+2 eram 3.
Que estupidez.
Acho que estou a ficar loiro.
Com o avançar da idade em vez de cabelos brancos vão aparecer-me cabelos loiros. Só pode.
E continuo com o passado a pesar-me no bolso.
Que estupidez de post.

B&A

Sem comentários: